A mulher e o trabalho

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Na semana que comemoramos o Dia Internacional da Mulher, nada como aproveitar a data para refletir sobre a importância das lideranças femininas nas empresas e outras questões que envolvem a mulher e o trabalho.

Apesar de estarem cada vez mais qualificadas para o trabalho e terem mais anos de estudo que os homens, segundo o IBGE em 2019 as mulheres ganharam 77,7% do salário dos homens. E esta diferença é maior quando falamos em cargos de liderança, onde ganham apenas 61,9% do salário na respectiva função quando exercido por um homem.

Outro fato que mostra o quanto a questão salarial está longe de ser solucionada foi apresentada pelo Global Gender Gap Report de 2021 que diz que levará 267 anos para que as mulheres alcancem um salário equivalente ao dos homens.

Qual a importância da liderança feminina?

Liderança feminina é o caminho natural para as mulheres cuja participação no mercado de trabalho vem crescendo de forma exponencial em todas as áreas.

Entretanto análises mostram que apenas 27% de cargos de liderança são ocupados por mulheres e as posições de liderança ainda são predominantemente masculinas.

Isto não é apenas no Brasil, já que segundo a Fortune as 500 maiores companhias americanas têm apenas 4% das mulheres nesta posição.

Benefícios da liderança feminina no mercado de trabalho

O relatório Diversidade Importa verificou que, na América Latina, empresas com diversidade de gênero têm 14% mais chance de melhor performance financeira do que suas concorrentes.

Muitos são os benefícios para as empresas:

– Gestão voltada a orientação às pessoas: São sociáveis, expressivas e próximas, essas características oferecem muito potencial no momento de conseguir compromissos, seja com os objetivos da organização ou em um projeto em particular.

– Tendência à cooperação: Isto faz com que o trabalho em equipe seja mais natural, já que elas são ativas na inclusão e contenção das pessoas. Também se preocupam em que os processos sejam organizados e sadios.

– Capacidade de agir em muitas direções: Contam com a capacidade inata de pensar e agir em muitas direções ou temas ao mesmo tempo. Isto representa uma vantagem no momento de tomar decisões e enfrentar crises.

– Liderança horizontal: A liderança feminina é inclusiva, encoraja a participação e compartilha o poder e a informação com aqueles que lidera. Tende a criar e a fortalecer as identidades de grupo.

– Predomínio do emocional: Em geral estão capacitadas para ter em conta o lado “humano” das pessoas e gerar altos níveis de empatia.

– Maior predisposição à mudança: Seu estilo é inovador, com um firme sentido da qualidade, centrado na pessoa, flexível, comunicativa e persuasiva.

Como aumentar a liderança feminina nas empresas?

A ONU Mulheres, More Girls, He for She (ONU), Movimento Mulher 360 colocou algumas medidas que as empresas deveriam adotar para uma política maior de participação.

Entre as medidas para desenvolver a liderança feminina estão:

  • programas de formação em liderança feminina;
  • cotas de gênero, mentoria e coaching;
  • flexibilização do trabalho;
  • definição de metas e cotas para paridade de gênero em posições de liderança.

Liderança feminina no Brasil

Apesar dos números serem conflitantes, uma vez que no Brasil 62,6% dos cargos gerenciais são ocupados por homens e 37,4% pelas mulheres, em 2019, segundo dados da Estatísticas de Gênero, indicadores sociais das mulheres no Brasil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE)  ,as grandes e médias empresas do Brasil consideram importante esta pauta , conforme apurou o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa em sua pesquisa sobre a Diversidade de Gênero e Raça nas Lideranças Organizacionais.

Um longo caminho a seguir, mas com horizontes cada vez mais definidos.

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